Após o Coletivo Memória Ativa questionar pontos do edital que prevê a cessão da Gare de Santa Maria para a gestão da iniciativa privada por 15 anos, incluindo a reforma do prédio e do entorno, o Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC) informou que vai debater o tema esta semana. O presidente do órgão, Luciano Ribas, diz que "o CMPC, que não é um conselho meramente consultivo, não foi ouvido para a elaboração do edital e não está incluído na comissão de avaliação". Ribas diz que, no edital, "são, no mínimo, vagas as referências à manutenção das finalidades culturais às quais o espaço deve se destinar." A previsão é que as empresas concorrentes apresentem propostas em 15 de junho, em chamada pública.
VÍDEO: cortina do abraço permite que filhos reencontrem pais em clínica de idosos de Santa Maria
Por fim, Ribas diz apoiar a reforma e cessão da Gare à iniciativa privada para manter o patrimônio histórico e cultural.
- Como provavelmente a totalidade dos santa-marienses, eu espero ansioso a recuperação da Estação, abandonada após a privatização e a partida do último trem, em 1996. Mas espero que ela seja feita da maneira correta, sem atropelos, especialmente em um momento tão delicado como o que estamos vivendo. Se esperamos duas décadas, alguns dias a mais não irão fazer nenhuma diferença - diz Ribas.
A prefeitura alega que está evidente, no edital, a preocupação com a questão cultural e que Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (Comphic-SM) integrará a comissão que vai escolher o melhor projeto e a empresa que assumirá a Gare.